Com foco na saúde feminina, Hospital de Clínicas de Jacarepaguá promove Seminário de Hemodinâmica e reforça: cuidados com o coração não devem ser deixados de lado na pandemia

Evento ocorreu nesta segunda-feira, no Dia Internacional da Mulher, no auditório da unidade

Rio de Janeiro, RJ (março de 2021) – O infarto mata oito vezes mais mulheres do que o câncer de mama, segundo dados divulgados pela Sociedade Brasileira de Hemodinâmica e Cardiologia Intervencionista em novembro. Pouco antes, em setembro, a Organização Pan-Americana da Saúde alertou que as doenças cardiovasculares são a principal causa de morte no mundo e que, apenas no Brasil, perto de 350 mil casos de infarto agudo do miocárdio são registrados por ano, sendo 30% fatais. Esses números deixam claro que os cuidados com o coração não podem ser deixados de lado durante a pandemia.

No Hospital de Clínicas de Jacarepaguá, que inaugurou um serviço de hemodinâmica em meio à pandemia, os cuidados com o coração não pararam. Nos últimos dez meses, a unidade recebeu cerca de 600 pacientes para realizar exames e procedimentos dessa especialidade da cardiologia, sendo 40% mulheres. O exame ajuda a identificar obstruções e a avaliar o funcionamento do coração com a finalidade de diagnosticar a existência ou possibilidade de infarto. “Nós, mulheres, possuímos dupla ou, às vezes, tripla jornada. E com a pandemia e o estresse causado por ela, a população precisa estar atenta para buscar o cuidado certo para o seu coração, na hora certa e no local certo”, enfatiza a gerente de Enfermagem do Hospital de Clínicas de Jacarepaguá, Marceli Reis.

 O cuidado com a saúde do coração feminino foi o foco de um Seminário realizado pelo hospital nesta segunda-feira, 8 de março, Dia Internacional da Mulher. O evento, no auditório do hospital, abordou temas como “Infarto em Mulheres”, “Cardiopatia na Gestação”, “Doença Hipertensiva na Mulher” e “Desafios da mulher na área de saúde”. O evento reuniu médicos e profissionais de saúde convidados e buscou desenvolver a assistência em hemodinâmica e cardiologia intervencionista através de discursões e práticas em diversos cenários.

“Os sintomas do infarto em mulheres são diferentes dos que ocorrem normalmente nos homens. Mulheres podem sentir sintomas atípicos como falta de ar, azia, dor epigástrica, náuseas e vômitos. E muitas vezes os associa a problemas ortopédicos ou gástricos, tornando a procura por um cardiologista mais demorada”, destaca a supervisora de Enfermagem Hemodinâmica do Hospital de Clínicas de Jacarepaguá, Renata Marra.